quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Não era uma cegonha - Da dor ao amor!

Depois do marca e desmarca da cesariana (cheia de medo, escolhida por conveniência e mais medo ainda de um parto normal) decidimos o dia 14. Mas 14? Numerosinho tão mais ou menos, nem 13 e nem 15... Q.u.a.t.o.r.z.e. ! Lento até na forma de se pronunciar. E lá estava eu, toda nos preparativos, arrumando o quartinho, pensando no meu inhoque do almoço de sábado, programando meu ultimo fim de semana de barriga. Acordo no dia 8, belo sábado de sol que entrava sem pestanejar na minha janela e vou apertada ao banheiro, (grávidas são amigas das privadas!) ops, nem deu tempo de chegar e já fiz o xixi, pensei eu depois de ter escutado as mil e uma historias de bolsas que estouram e de grávidas que pensam que é xixi. Achei meio estranho e lembrei que poderia ser a bolsa (mas e o plock que me falaram? Não era uma enxurrada que descia?) fui falar com a minha mãe e decidimos esperar, até vazar em mais uma calcinha o liquido com cheiro de água sanitária, vulgo banheiro de rodoviária. Ai a fixa caiu e sem cair completamente eu fui na maior calmaria me arrumar pra ir ao hospital. Chego lá, em jejum e só vou internar à tarde. Contraçãozinha vai, contraçãozinha vem... Que beleza essa colicazinha. Essa é a dor que as mulher reclamam? Que frescura (coitada, achando que ficava por aquilo mesmo). A danada foi chegando, eu que não sabia o que fazer só não fiquei deitada igual a medica me falou. Do resto, cantei mantra, deitei no chão, andei o hospital inteiro, fiquei de cócoras, quis fugir clandestinamente e correr pra outro hospital e fazer logo a cesárea (tão mais simpática), vi Deus numa alucinação, suei, pensei em escrever uma carta de adeus pensando que daquela não passava, chorei, morri de chorar, entrei no chuveiro (que alivio) e nos 8 cm finais (ainda faltavam 2) eu respirei fundo, não vi nada, não sabia de nada, não era nada, fiz a maior força da vida e me descobri forte outra vez. Nasceu num choro, na madrugada gelada e quente de estrelas e nuvens no céu, depois da tempestade de granizo, depois do sol que entrou num sorriso. Senti que agora eram dois corpos no mesmo sentimento, senti seu choro, tão lindo, morri e nasci outra vez. Não completamente eu mesma, mas absolutamente mãe! Peguei o Pedro no colo, no meio do suor e do alivio da dor, senti seu coração, junto com o meu, imaginei um filme da vida, dos primeiros passos, dos rabiscos na parede da sala, do primeiro banho de mar, do sorriso, do abraço, do amor. Era realmente lindo, bem mais que isso, era a vida! A vida tão mais simples e tão mais viva. E no meio daquilo tudo, da luz e do escuro eu me descobri vulnerável, mas capaz, menina, mas mulher, ninguém e ao mesmo tempo eu! Eu era aquilo tudo, viva outra vez! Menino nos braços, coração bonito, sem aperto, sem receio, era amor!!!
 

7 comentários:

  1. Carol, ele é lindo ! Parabéns! quero ver ele logo! bjss chrissie

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  2. Que coisa mais linda! O texto e o Pedro!! Me emocionei.. espero que esteja tudo perfeito e desejo muitaaaaa luz à família! "Não completamente eu mesma, mas absolutamente mãe!" LINDOS! Tha

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  3. brigada pelo amor amigas!!! um carinho em vcs

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  4. Belas palavras carolzinha parabéns pelo seu filho
    Lindo ele s2 -Carol

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  5. Lindoooooooo demaisssss esse menininho Carol,que Jesus abencoe vc.Adorei o texto e bem vinda ao clube,nunca mais se tem sossego na vida kkkkk.E` a melhor coisa e o maior amor do mundooo....Amooo vcs.Pathy

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  6. Lindo Texto!!! E mais lindo ainda o Pedro!!!!

    Td d melhor pra vcs!!!

    Bju Renata

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  7. que lindo Carol! adorei o texto!! e o Pedrinho é tão lindo como a "menina mãe"!! muita paz, saúde e tudo e bom que Deus pode oferecer a esse pequeno anjinho! bjoos

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