sexta-feira, 23 de maio de 2014

Leve!


Uma pausa. No meio de tantos sorrisos sinceros pelo dia a fora e tanta gratidão pela vida, uma pausa para externalizar o interno. Pras palavras saírem, florirem, desabrocharem e dizerem o que tanto diz meu coração. Cabe aqui, mais gratidão!
Sinto que a vida me parece um campo de flores coloridas, amarelas, laranjas e vermelhas. Que as vontades e os sonhos se afloram a cada manhã, quando acordo e o sol ainda não chegou. Daqui de longe eu me comunico com a nossa conexão, daqui de perto, sou tão eu em comunhão. Comungo com o amor, com a simpatia de passear pela vida, de passagem. Tudo é uma passagem na verdade, estamos à passagem e não ficamos para sempre. Como tudo que vem e talvez, há de ir, como tudo que foi e talvez não há de voltar. As coisas que passam só fazem sentido se existirem no eterno, no incronólogico, no tempo que não calcula quantidade, mas intensidade. E aos olhos que cruzam comigo na fila do ônibus, na calçada da rua e que às vezes sorriem, laços eternos, por favor! Que fiquem bonitos, acesos e vivos, durando a fração de seus segundos, que existem e passam por nós, como o vento! E que lindo é o balançar dos cabelos ao vento, a dança do vestido, o caminhar tão leve.
Gosto tanto das borboletas porque além de leves, são faceiras e pequeninas, aparecem e somem, brevemente num encontro perfeito que arranca sorrisos e suspiros de quem as vê voar.  Talvez precisemos um pouco mais de suas levezas e lições da vida, de que não precisa ficar pra ser tão lindo, de que somos tão livres a ponto não sermos e não pertencermos a mais ninguém a não ser a nossa própria vontade de voar, pra qualquer lugar. E que sejamos então, belas a ponto de sermos amadas incondicionalmente por quem nos vê passar e que possamos sentir amor pelo ato de amar. Isso talvez seja abraçar o mundo, não pelas mãos que envolvem uma multidão, mas pela doação de se deixar ser amado e amar também.  E se o que você estiver fazendo agora não for leve, por favor, não leve. Simples, assim!