Tapeçaria de singularidades - é amor!
Diga-me,
qualquer coisa que saia pelas entrelinhas, qualquer coisa fora do plano, do
controle de estar onde estamos. Diga-me aquilo que tem tanta graça a ponto de
não fazer sentido algum. Somos ou não somos humanos? Somos ou não somos
estranhamente bonitos e confusos demais?
Acho engraço
essa gente querendo não ser gente, fingindo que nem sente, mas que debaixo do
cobertor, chora com dó de si. Venha cá, não seja vitima de uma historia que
basta ser sua e ser vivida agora. Eu digo isso porque me espanta ver o quanto
as pessoas todos os dias desejam tanto se afastarem umas das outras. Desejam tanto
fechar as portas e cruzar os braços ao invés de dizer: Olá!
Não duvide sempre
dos estranhos ou dos desconhecidos. São, como você já os julga, desconhecidos e
se você não os conhece, esse encontro entre vocês ganha um milhão de
possibilidades, portas abertas e caminhos bonitos. Quem sabe um estranho não
pode ser um amor?
Abra espaço nas
gavetas d’alma. Verás que carrega tantas coisas que não servem mais no lugar de
belas flores que você ainda pode colher pelo caminho. Esses dias colhi algumas
folhas secas pela calçada. Tão bonitas. Tão diferentes umas das outras. Acredite!
Somos tão singulares que cada detalhe, pinta, ruga, cabelo de lado, sorriso
amarelo, já é uma magia por si só, pois não há formula que faça todas essas
coisas iguais duas vezes. Somos plurais, mas não se esqueçam, somos lindamente
um tapete grande e colorido, tecido a mão por um universo que sabe de tudo, perfeitamente
e que encaixa tudo em seu devido lugar.
Embora eu seja
menina, sou mãe, mulher, um pouco artista, ou pouco cor e disso sei de cór:
faço parte desse tapete e gargalho por isso, pois amo e aceito ser essa
singularidade maluca que depende de todos vocês!
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