quarta-feira, 20 de março de 2013

Des-crença


   Que a chuva lave a alma e regue as flores do coração, que a chuva leve embora a doença, a crença o ego, o costume e a velha canção. Que a gente retire a mesa do café e ponha sobre ela novos planos e novos frutos. Que a gente acredite naquilo que vale a pena acreditar e abra mão daquilo que pesa e não cabe na palma das mãos. Que o que cabe, é o carinho, o abraço, um cafuné, um laço. Que o que cabe aqui é só verdade, olhos que se olhem, palavras que se acertem antes da desordem, promessas pagas, amor de verdade! Que a mentira não resista ao novo mundo, que o cansaço não seja profundo e te impeça de tentar. Desacredite par acreditar, desfaça as malas para andar, desarrume para arrumar. Desencontre para só depois se encontrar e se amar e se lançar. Que o universo te banhe de novos rumos certos, que a maior razão seja não tê-la, que a gente tenha mais riso do que lágrima e um punhado de fé nos bolsos. Que o certo não seja certo e nem errado, que não tenha culpa e nem culpado, des-culpa a sua alma e ausenta a tua dor. Sem dor, por favor! Leveza, lindeza, que vida mais pequena que cabe na palma das mãos. Firme e afirme que a grandeza é a certeza de que por dentro há um intento de ser feliz, e seja. E que se libertar, é não zangar com o coração!


Um comentário: