sábado, 1 de setembro de 2012

Esperança

   Houve um tempo, não muito longe que me propunha a admirar o sol pelas manhãs e ver que nada era tão escuro no meio do claro. Que não havia força pra derrubar se a gente era forte, que não tinha nada a temer, pois me sentia grande. Hoje eu tropeço e às vezes caio, fecho as janelas pra me esconder do mal... Mas acabei deixando o sol não entrar!
   A verdade é que às vezes, quando tudo está em paz e chega um vento entrando pela porta da frente, ele vem só pra bagunçar os papeis da casa, e nada mais. É preciso talvez ser o pesinho da mesa e não deixar que o vento destrua todo o resto. Que quando a gente tropeça é culpa apenas do cadarço de laços frouxos, que é preciso decidir amarrá-los bem forte ou caminhar descalço daqui pra frente.
   Que somos filhos de Deus de fato, não só de papo ou de poesia, que perfeito mesmo é aprender, que divino mesmo, é a luz de dentro que emana pra fora e faz parecer tudo bonito. Que não importa quantas vezes erramos e quantas vezes saímos do caminho certo, que não adianta se culpar pra sempre, nem se lamentar, nem ficar no chão absorvendo o mal e a poeira da rua. Que é bonito viver e que a felicidade soa nos ouvidos de quem quer escutá-la cantar. E não importa a casa ou o lugar que você estiver, se você encontrar a paz, terá pra sempre uma base de concreto, feita de amor!
   Não deixe a dança desencontrar dos pés, não deixe o corpo em silencio, permita-o a fala, permita o choro dos olhos, o cansaço dos pés. Permita parar e respirar, permita a vida e a sua luz brilhar. Eu já me deixei esquecer e ser levada pelo sufoco do mundo e pelo caos. Já me ceguei e me neguei a escutar, mas estou aprendendo, estou me erguendo, estou me permitindo errar e me pegar no colo quando eu estiver triste! Tudo passa!

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